segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Pssoas

Uma pessoa,
duas pessoas, três pessoas,
cinco pessoas, dez pessoas, quinze pessoas
no ponto de ônibus da Avenida Brasil.
Vinte pessoas, trinta e sete pessoas, setenta e duas pessoas, cento e quarenta e oito pessoas, duzentas e noventa e seis pessoas, quinhentas e noventa e duas pessoas, mil cento e oitenta e quatro pessoas,
no trem do metrô da Liberdade.
Duas mil trezentas e sessenta e oito pessoas, quatro mil setecentas e trinta e seis pessoas, nove mil quatrocentas e setenta e duas pessoas (ufa, isso cansa!), dezoito mil novecentas e quarenta e quatro pessoas, trinta e sete mil oitocentas e oitenta e oito pessoas,
no Poupa Tempo da Sé.
Setenta e cinco mil setecentas e setenta e sete pessoas, cento e cinqüenta e uma mil quinhentas e cinqüenta e duas pessoas, trezentas e três mil cento e quatro pessoas, seiscentas e seis mil duzentos e oito pessoas,
no Bairro do Pari e Brás.
Um milhão duzentos e doze mil quatrocentas e dezesseis pessoas, dois milhões quatrocentas e vinte e quatro mil oitocentas e trinta e duas pessoas, quatro milhões oitocentas e quarenta e nove mil seiscentas e sessenta e quatro pessoas,
no trânsito da Marginal.
Nove milhões seiscentos e noventa e nove mil trezentas e vinte e oitos pessoas, ... você acha que já deu? Ainda não deu, não. Some mais dois milhões quinhentos e setenta e duas duzentas e trinta e uma pessoas para chegar na população que vive e morre, sonha e dorme, anda na rua e pega ônibus, come e passa fome, bebe água e faz xixi, diariamente,
na cidade São Paulo.

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