segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Gravura: Amazonas visitam Alexandre

O Judeu da Diáspora e a Guerra em Gaza

"Distante da realidade do Estado de Israel, o judeu brasileiro assiste à Guerra em Gaza com sentimento atônito. Fortemente ligado ao sonho israelense, muitos judeus da diáspora têm dificuldade em se relacionar com a realidade do Estado de Israel. Está próximo demais no plano emocional e distante demais no plano analítico para compreender a teia de interesses que o move."
Leia o artigo, publicado no Jornal de Jundiaí de ontem: http://www.portaljj.com.br/interna.asp?Int_IDSecao=1&int_id=69577

sábado, 24 de janeiro de 2009

Sobre e-books e livros de papel

"A blogosfera brasileira está cheia de literatura, disponível em sites e blogues coletivos, blogues pessoais de autores e iniciativas governamentais. O autor brasileiro mais vendido no mundo, Paulo Coelho, está certo ao dizer que a distribuição de e-books na verdade fortalece as vendas de livros convencionais - pelo menos em tempos em que o leitor ainda prefere a leitura no papel."
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quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Nossa própria Faixa de Gaza.

Acaba de ir online a tradução do artigo: Reflexões sobre a nossa própria Faixa de Gaza, que foi publicado no site internacional do Global Voices faz uma semana. O artigo é da Paula Goés em colaboração comigo.
"Assim como no resto do mundo, os blogueiros brasileiros estão acompanhando atentamente as notícias sobre o conflito Israel-Palestina. As opiniões divergem entre si, no entanto, o conflito está fazendo muitos blogueiros refletirem sobre uma mesma coisa: o que está acontecendo em Gaza lembra muito a guerra e a violência cotidiana que assola as favelas brasileiras, o que nos faz pensar em nossa própria Faixa de Gaza, onde muitas vidas inocentes são perdidas todos os dias..."

sábado, 17 de janeiro de 2009

A Pérola, John Steinbeck

Nesta novella magnificamente simples, envolvente e quente, eis uma citação que ecoa o que escrevi faz alguns dias na crônica do parque:
"Dizem que os homens nunca se contentam e, quando se lhes dá alguma coisa, pedem sempre um pouco mais. Dizem ainda que essa é uma das melhores qualidades da espécie e que foi ela que tornou o homem superior aos animais, que se contentam com o que têm."

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Dama com Arminho

Leonardo da Vinci, Século XV

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Crônica: O ser humano e a harmonia

Há poucas coisas no mundo que me fazem tão feliz quanto passar a tarde balançando na minha rede azul-piscina no Parque do Ibirapuera. Estar ali é não querer mais nada na vida além de simplesmente estar ali, cercada dos mais luminosos tons de verde da paleta, enquanto protegida dos raios mais agudos do sol pela desenvolta teia de galhos e folhas, somente sentindo as carícias do vento no vai-e-vem da rede.
.....Por esta razão, alguns dias atrás, eu fui revisar o manuscrito do meu recém-concluído livro de crônicas no idílico redário. Cheguei lá pela manhã e fiquei lendo tranqüilamente até o início da tarde, quando chegou uma mãe com um grupo de três crianças pré-adolescentes e instalou-se numa rede vermelha ao lado da minha.
.....Que a chegada deles significou o fim do meu sossego, já se pode imaginar. O paraíso em terra adquiriu trilha sonora de gritos estridentes, choros soluçantes e acidentes domésticos sangrentos. De início, eu estava tão compenetrada na minha atividade, que nem me incomodei.
.....Em algum momento, no entanto, uma sequência de gritos regulares, em crescendo, me chamou a atenção. Voltei-me para as três crianças montadas na rede, balançando-a até o ponto máximo possível e, por isso, as expressões alternadas de diversão e pânico. Faziam-no como um coral desarvorado, enquanto testavam os limites da gravidade, até que, como era de se prever, uma delas voou da rede, caiu de cabeça no chão e começou a chorar. A mãe veio correndo da mesinha de pic-nic aonde se refugiara da companhia dos filhos e acolheu o menino machucado. Por um tempo, pairou a calmaria.
.....Meia hora depois, ouço um novo sonido “Póh”. “Póh” soou um chute ainda mais forte. “Póh” e as crianças corriam de um lado para o outro atrás da bola, “Póh. Póh.” cada um buscando dar um chute mais forte do que o outro. “Póh, póh, póh” até que a bola quase acertou um bebezinho de dois meses sentado no chão. A mãe do bebê chamou-lhes a atenção, elas afastaram-se um pouco, mas continuaram os chutes. Ainda não haviam causado suficiente dano. “Póh, póh, póh” e a bola sobrevoou a minha rede em rasante. Eu protestei, “Por que vocês não vão jogar na quadra de futebol? O redário não é lugar para jogar bola.” Um deles, o mais educado, acatou, mas o outro mais endiabrado imitou a minha fala com ironia. Sei que, eles continuaram chutando até que ouço um super “PÓH” e um som abafado seguido de um choro agudo. A bola havia atingido um deles na cara e o sangue escorria do seu nariz. Após isso, por um tempo, pairou a calmaria.
.....O resto da tarde seguiu o mesmo roteiro. Após tempos intervalos de calmaria, nos quais eu aproveitava para retomar minha leitura, as crianças se engajavam em uma nova atividade até encontrarem o limite. Jogaram copos d’água uma nas outras até ficarem todas molhadas, arrancaram flores dos jardins até o guarda chamar-lhes a atenção, deram rasteiras umas nas outras até uma delas cair de boca. Conclui que o negócio delas era engajar-se em uma atividade arriscada até uma delas se machucar ou levar uma bronca; então acalmavam-se; logo depois, recomeçavam.
.....Como o meu bom-humor estava realmente inabalável naquele dia, ao invés de ficar irritada, eu resolvi fazer uma reflexão filosófica e evolucionista sobre aquilo. Porque as crianças faziam aquilo? Porque era tão difícil elas simplesmente apreciarem o estar ali umas com as outras e brincarem em harmonia? Claro que, nesses tempos de guerra, pensei que este fenômeno, esta dificuldade de viver em harmonia, não afeta somente as crianças, mas também os adultos. Isso me instigou ainda mais a buscar uma explicação daquele comportamento infantil, que pudesse servir de explicação para outros males da humanidade.
.....A teoria que postulei, eu compartilho com vocês. A inquietação do ser humano, esta inabilidade de simplesmente estar bem, é o que tornou-nos uma espécie tão dominante na terra. Por causa dela, estamos sempre buscando coisas novas, experimentando e inventando moda. É o ímpeto do “sempre mais”. O ser humano não consegue nunca “chegar” a lugar nenhum, pois seu ponto de chegada se re-constitui como uma nova largada. Há algo que nos impulsiona compulsivamente a novos desafios e o fazemos até “quebrar a cara.” Daí sim, recuamos, damos "um tempo", mas logo que podemos retomamos.
.....Nas crianças do parque, ficava nítido o quanto que esse comportamento é compulsivo e, sem medida, torna-se nocivo. Na vida adulta, o que muda é somente a qualidade das atividades nas quais engajamo-nos. Os cientistas querem sempre inventar algo novo, os assaltantes querem sempre roubar mais um banco, os donos de franquia querem sempre abrir mais uma, os militares querem sempre conquistar um novo território, as vendedoras querem sempre vender mais uma peça, os jornalistas querem sempre uma matéria de mais destaque. Trata-se da mesma coisa: uma inabilidade de conquistar uma coisa ficar bem com isso.
.....Por um lado, esta habilidade é o que fez do homo sapiens uma espécie tão dominante na terra. Notem que digo dominante e não exitosa, pois sabemos que o êxito evolucionista do ser humano é contraditório, pois ele evoluiu a ponto de dominar a terra demográfica e tecnológicamente, no entanto, pela mesma lógica, está levando-a rumo à destruição completa. Para ele, para nós (porque penso ser algo compulsivo e instintivo em todos nós) isso pouco importa. Quando conseguirmos destruir a maior parte da terra, os poucos que restarem vão chorar um pouco, talvez acalmem-se por um período, mas logo retomarão à atividade. Sua compulsão é por criar até destruir, criar até destruir, incessantemente, em detrimento da inquietação, o tédio e a ansiedade. Este é o ser humano.
.....Penso que, neste fim de século, caberia uma adaptação ao homo sapiens. Assim como as primeiras girafas pescoçudas que Darwin tão bem explicou, há se surgir um ser humano sem este ímpeto que o caracteriza. Um ser humano que saiba conquistar, mas também viver em harmonia e saber quando o suficiente é o bastante. Neste almejado ápice do processo civilizatório, ele há de escrever um livro, erguer uma rede em um parque arborizado (neste novo mundo, certamente sobrarão algumas árvores), deitar-se nela e saber descansar em harmonia! É a grande sabedoria civilizatória que falta no mundo. Eu, como ainda sou girafa sem pescoço, levantei da rede e vim escrever mais uma crônica!

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Reflexões Dostoiévskianas sobre Gaza

Fico acompanhando as notícias sobre a Guerra em Gaza e buscando o significado disso tudo...eis que, mas uma vez, Dostoiévski é quem traz luz.
Pensei muito em Crime e Castigo, romance protagonizado por Raskólnikov, professor de línguas, que vive angustiado com sensação de que precisa fazer algo de grandioso com sua vida, dar uma contribuição para a sociedade etc. Acaba planejando a morte de um agiota e o faz. Ao fugir da cena do crime, no entanto, ele percebe que uma velinha foi testemunha e termina por matá-la também. Raskólinikov passa o resto de seus dias refletindo sobre o seu grande ato de coragem e covardia e a velinha torna-se o símbolo das "causalidades" de guerra na literatura mundial. A questão é: Vale a pena matar a velhinha inocente? Os meios justificam mesmo os fins mais nobres?
(aos que curtem adaptações modernas, vale assistir o filme de Woody Allen, Match Point)
A guerra entre Israelenses e Palestinos revive esta questão, pois ambos lados certamente lutam por aquilo que consideram a causa mais nobre. Os Israelenses, como guardiões da "terra prometida" dos judeus, e os Palestinos (ao menos os partidários do Hamas), como um povo que busca reganhar suas terras e dignidade - ambos o fazem a qualquer custo. Ou seja, na visão deles, vale a pena matar a velhinha.
Ambos os lados, justificado por seus fins, são os responsáveis pela matança de centenas de crianças e adultos (que nada mais são do que crianças crescidas, muitos deles não menos inocentes). Vale a pena?
Esta reflexão foi muito feita durante o Século XX quando, em nome do comunismo e nacionalismo, diversos líderes mundiais causaram a morte de milhões de pessoas, por fome ou guerra, em nome de ideais e reforma políticas. Quando estive na Rússia ouvi que certa vez disseram a Lênin (na Década de 20) que se ele mantivesse sua política econômica dois terços da população russa morreria de fome e ele respondeu, "Se for para o outro terço viver no socialismo, valerá a pena."
Será que o pensamento do Século XX tornou o mundo um pouquinho melhor? Sei que pode parecer uma bandeira humanista e naive a minha, aliás, até sei que isto bem é verdade. Mesmo assim, sinto que o conflito Israel/Palestina é um resquício da história do Século XX e, por acreditar em inovação, a pergunta que me faço é: Será que a "Era dos Extremos", como o historiador Eric Hobsbawn batizou o Século XX, não termina nunca?

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Maravilhosos 33

Gostaria de dedicar o post de hoje à maturidade, esta coisa tão rejeitada e ao mesmo tempo tão maravilhosa.
Nosso país culta a juventude, isso sabe-se bem. E ela é, de fato, bela e repleta de tanta energia que mal nos deixa pensar. Eufóricos com sua eletricidade vivemos. Ao menos eu vivi, absolutamente sem freios.
Daí vem a idade Balzaquiana, os trinta, e ficamos assustadas, mas eis que nada acontece! Talvez por estarmos alertas à passagem da década esforçamo-nos por ser ainda mais vinte do que trinta e, acreditem, isso é possível. Continuamos jovens!!! Pois assim o queremos. Quem vai nos impedir?
Os 33 são mais singelos. Chegam assim como nem querem nada...não são nem trinta e nem trinta e cinco e, de repente, CRAU! Te pegam. A transformação dá-se. Borboleta fora do casulo. Em geral, ela é bem radical. Vem acompanhada de grandes reviravoltas no trabalho e nas relações pessoais, início ou término de terapia, gravidez ou casa nova até que...um belo dia...você se percebe - madura.
Madura como uma maça bem linda, com a rendondez mais redonda do mundo e vermelhíssima, como sempre foi a sua vocação. Algumas ruginhas, é verdade, mas eis que elas são até tem o seu charme.
Dou-me conta disso em mim quando converso com as pessoas, particularmente minhas colegas de trabalho. Elas falam e eu ouço. Ouço mesmo, sem sacanagem. Não fico pensando no que vou falar assim que ela acabar, se ela é mais inteligente do que eu, se ela se veste estranho ou se hoje vou almoçar no sushi. Eu ouço o que ela diz, porque sei que ela tem algo a dizer. Não tenho ansiedade. O que quer que ela diga, eu tenho a sensação que será para o bem. Isso porque eu a conheço, eu me conheço e eu conheço o porquê de eu hoje estar ali sentada ao lado dela. É a maturidade. Eu sorrio.
Outra coisa engraçada é perceber nas colegas mais jovens o meu comportamento antigo. Algumas coisas são fabulosas, como o entusiasmo. Outras, dou-me conta de como é bom ter avançado no tempo. Elas dizem tantas coisas só para provar que sabem e elas querem tanto impressionar! É bonito, eu não acho feio. Eu sorrio. Algumas vezes sei que já é minha hora de falar, mas elas ainda continuam fazendo-o, então eu ouço-as mais. Se minha vez não chega nunca, eu não falo e tudo bem. Não sinto mais tamanha necessidade de ocupar espaço. Como sei o que eu faço ali e o que ela faz ali, sei que em algum ponto a coisa vai dar certo. Aproveito para curtir essas descobertas da vida.
A maturidade é a ansiedade que se esvai de nós a cada dia, assim como a humidade de nossa pele. Ela é benvinda.

sábado, 3 de janeiro de 2009

Vozes de Gaza

Já postei antes sobre o Projeto Global Voices, do qual participo como colaboradora no Brasil, que é um grupo de voluntários no mundo inteiro que reportam sobre o que os blogueiros de seus respectivos países andam escrevendo. Sempre considerei um projeto interessante, mas eis que no contexto da Guerra Israel - Palestina me dei conta do quão poderoso é este projeto. Visitando agora o site do projeto http://pt.globalvoicesonline.org/ você tem depoimentos de blogueiros palestinos e israelenses em tempo real. Num contexto em que a imprensa está tendo acesso muito restrito ao território em guerra. Ou seja, do caraio!!! Vale visitar!

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Crise de início de ano

Ai.............um longo ai. Como todo início, toda retomada, ai..............(quando o texto começa repleto de reticências já sabe-se a coisa está foda!)
Eu acordo para o mundo público e tudo me pareçe uma longo rol de desesperanças. Estava tão melhor viver no mundo privado, do lar, da família e do amor...
Mas...como não olhar para fora da nossa janela? Como viver para sempre com os olhos vendados? Não é possível, porque o mundo lá fora nos clama. Somos participantes ativos mesmo quando inativos e na condição de desengajados somos ainda piores pois tornamo-nos omissos.
O notíciário já se sabe...relatos de êxitos de interesses específicos ou difusos e guerras. Já fazem muitos anos que a política brasileira tornou-se um grande vazio, ao menos para mim que não sou da casta petista. Porque o PT é isso, não? Uma casta de pessoas que subiram ao poder em detrimento de outras que aguardam que esta era passe. Lembro-me de um namorado da escola que me dizia, "Um dia você ainda vai ser PT!" Nunca fui isso. Acho que hoje ninguém mais "é PT". As pessoas são petistas e estão no governo ou elas não são.
Hoje visitei o blog do Sakomoto e li um artigo interessante http://colunistas.ig.com.br/sakamoto/2008/12/31/o-fim-de-uma-era-na-esquerda-brasileira-3/ sobre a esquerda brasileira (O Fim de Uma Era na Esquerda Brasileira), mas eis que até ele, que é "de esquerda" e altamente engajado, após fazer um histórico das eras da esquerda brasileira, concluiu o seguinte: "A meu ver a solução se dará através de renovação geracional, ou seja, os mais antigos se retirando com a idade para dar lugar aos mais novos. É triste que seja assim, mas tendo em vista os últimos embates, não acredito em conciliação possível." Ou seja, instalado um conflito generacional, esperemos que morram os velhos!!!
Sei que, desta forma, é difícil retomar o trabalho. Houve um tempo em que eu não me dava conta de tudo isso, desta falta de propósito político maior, simplesmente acreditava em tudo e nada (estes dois irmãos siameses), tinha fé em alguma coisa que não conhecia e por isso eu caminhava mais leve. Hoje não...
O único sopro de esperança que ainda encontro é a trajetória de Soninha e por isto eu resolvi incorporar o blog dela ao meu (veja ao lado, nos meus blogs favoritos) e lê-lo todos os dias. Não creio que ela ainda tenha conseguido desenvolver uma visão nova para a política brasileira. Intuitivamente eu gosto dela, de sua figura e de sua trajetória, e creio que ela traz sua juventude e feminilidade para a política buscando simplesmente fazer a coisa bem feita, o que é o mínimo, mas no caso brasileiro acaba sendo o máximo! Então, ela tem o meu apoio. Votei nela para Prefeita de São Paulo, perdi junto com ela, mas continuo pondo fé.
Outro dia eu li que ela talvez um dia seja a primeira Presidenta do Brasil, daqui a algumas décadas talvez, uma ou duas, então penso que é algo que vale a pena, assim como plantar um abacateiro na varanda e sonhar um dia vê-lo repleto de frutos no jardim do meu quintal. Neste curto 2009 já plantei ambos!

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Planalto Paulista

Sentada na janela, meus olhos varreram o Planalto Paulista. O que vi foi que o paulistano resiste. Cada casinha de bairro tem a sua árvore, acreditem! Um abacateiro, uma mangueira ou mesmo uma singela palmeira. No plano geral é insignificante porque o total de verde não ultrapassou nem mesmo 2% do meu campo de visão, mas todas as casas, sem exceção, mantém o seu verde encrustado no cimento do quintal. Embaixo de suas copas, talvez eles se reúnam uma vez por semana para um almoço ou fumem seus cigarros ao fim da jornada de trabalho, não sei. Ou talvez nem mais reparem neste resquício de mata ou isto possa até incomodar alguns, por atrair insetos e sujar o quintal. No entanto, elas resistem. Os humanos que dependem da mata e a mata que depende dos homens.