quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Douglas na Veia

paseando bestido de brisapor la tarde cheia de crises
ninguém puede me prender en uma valise
cuando me prendem – espero que durmam –
después escapo por el buraco de la fechadura
se non se benden por – digamos – rapadura
artistas generalmente siempre llevan una vida dura –
disfarçado de brisa
nadie me copia nadie me compra nadie me vampiriza

quanto mais desaprendu – melhor
percebo la diferença entre amor y amor y bolor
los ayoreos usam sandalias cuadradas –
non dá para saber se suas pegadas estão indo ou voltando
por la estrada

dá gusto andar disfarçado de brisa por estas ciudades
cheia de bellas meninas y fedores y ruindades
.
*
.
desde el décimo segundo andar la tarde
comercial parece estúpida –
mismo que los ricos non estejam de acordo
mismo que los pobres discordem

la tarde ficaria mais elegante vestida de lluvia
pastando en el misterio
mismo que bocê non consiga levar nada a sério
além de la beleza de las vulvas

y enquanto las outras crianzas sorrindo
brincam de deuses – y la magia de la vida – lentamente – vai
destruindo
poses certezas fachadas crenzas formigas flores e arranha-céus
sinceramente vale la pena perder tempo transformando bosta de
elefantge em luz em leche em mel

en este fabuloso aquário
o que seriam de los espertos sin la ayuda de los otários?
.
Poemas extraídos da obra UMA FLOR NA SOLAPA DA MISÉRIA (en portuñol), 2007) edição artesenal da JAMBO GIRL, Asunción del Paraguay. Mais poesia do querido e fantástico Douglas Diegues aqui.

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