sábado, 7 de fevereiro de 2009

Num mar sem lei, viva os piratas justiçeiros!

A imagem com a qual me deparei hoje cedo na capa do jornal me transportou para outro mundo! O título era Colisão no Mar: Ambientalistas Perseguem Baleeiro. São dois mega navios colidindo no mar durante a perseguição.
Imaginem que no âmbito de um conflito jurídico sobre a soberania de um território marítimo na Antartida (um juíz proibiu a caça de baleias e o Governo do Japão não reconhece sua jurisdição), os ambientalistas de uma ONG chamada Sea Shepard resolveram perseguir eles mesmos os navios baleeiros para atrapalhar sua atuação.
O capitão do navio, o barbudão Paul Watson, descreve como eles realizam as perseguições, realizando manobras arriscadas em alto mar e lançando recipientes contendo ácido corrosivo. Os japoneses revidam com disparos de canhão d'água e atiram pedaços de metal, além de emitir ruídos ensurdecedores!!!
Fico pensando no cotidiano destes justiçeiros do mar! Acordar num navio, o frio terrível e partir para o combate direto contra os navios comerciais japoneses. É uma manifestação extrema da luta por recursos naturais finitos. Como se Carlos Minc acordasse todos os dias na floresta amazônica e travasse batalha corpo a corpo contra os madereiros, usando coquetel molotof e flechas envenenadas. Estamos mais acostumados à testemunhar batalhas por emissão de medidas provisórias e leis ou discutirmos que falta recurso para fiscalização, se é o IBAMA ou o exército que deve coordenar as ações.
Por mais que saibamos que toda o propósito do direito é evoluirmos deste modo primitivo de resolução de disputas, eu achei incrível essa inciativa de uma ONG, frente à falência do direito internacional, comprar um barco e, no melhor estilo pirata-justiçeiro, perseguir os navios baleeiros e ponto final! Acho que precismos mais disso na vida!

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