sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Crise de início de ano

Ai.............um longo ai. Como todo início, toda retomada, ai..............(quando o texto começa repleto de reticências já sabe-se a coisa está foda!)
Eu acordo para o mundo público e tudo me pareçe uma longo rol de desesperanças. Estava tão melhor viver no mundo privado, do lar, da família e do amor...
Mas...como não olhar para fora da nossa janela? Como viver para sempre com os olhos vendados? Não é possível, porque o mundo lá fora nos clama. Somos participantes ativos mesmo quando inativos e na condição de desengajados somos ainda piores pois tornamo-nos omissos.
O notíciário já se sabe...relatos de êxitos de interesses específicos ou difusos e guerras. Já fazem muitos anos que a política brasileira tornou-se um grande vazio, ao menos para mim que não sou da casta petista. Porque o PT é isso, não? Uma casta de pessoas que subiram ao poder em detrimento de outras que aguardam que esta era passe. Lembro-me de um namorado da escola que me dizia, "Um dia você ainda vai ser PT!" Nunca fui isso. Acho que hoje ninguém mais "é PT". As pessoas são petistas e estão no governo ou elas não são.
Hoje visitei o blog do Sakomoto e li um artigo interessante http://colunistas.ig.com.br/sakamoto/2008/12/31/o-fim-de-uma-era-na-esquerda-brasileira-3/ sobre a esquerda brasileira (O Fim de Uma Era na Esquerda Brasileira), mas eis que até ele, que é "de esquerda" e altamente engajado, após fazer um histórico das eras da esquerda brasileira, concluiu o seguinte: "A meu ver a solução se dará através de renovação geracional, ou seja, os mais antigos se retirando com a idade para dar lugar aos mais novos. É triste que seja assim, mas tendo em vista os últimos embates, não acredito em conciliação possível." Ou seja, instalado um conflito generacional, esperemos que morram os velhos!!!
Sei que, desta forma, é difícil retomar o trabalho. Houve um tempo em que eu não me dava conta de tudo isso, desta falta de propósito político maior, simplesmente acreditava em tudo e nada (estes dois irmãos siameses), tinha fé em alguma coisa que não conhecia e por isso eu caminhava mais leve. Hoje não...
O único sopro de esperança que ainda encontro é a trajetória de Soninha e por isto eu resolvi incorporar o blog dela ao meu (veja ao lado, nos meus blogs favoritos) e lê-lo todos os dias. Não creio que ela ainda tenha conseguido desenvolver uma visão nova para a política brasileira. Intuitivamente eu gosto dela, de sua figura e de sua trajetória, e creio que ela traz sua juventude e feminilidade para a política buscando simplesmente fazer a coisa bem feita, o que é o mínimo, mas no caso brasileiro acaba sendo o máximo! Então, ela tem o meu apoio. Votei nela para Prefeita de São Paulo, perdi junto com ela, mas continuo pondo fé.
Outro dia eu li que ela talvez um dia seja a primeira Presidenta do Brasil, daqui a algumas décadas talvez, uma ou duas, então penso que é algo que vale a pena, assim como plantar um abacateiro na varanda e sonhar um dia vê-lo repleto de frutos no jardim do meu quintal. Neste curto 2009 já plantei ambos!

2 comentários:

Nicolau Kietzmann Goldemberg disse...

Pois é... chego aos trinta e quatro filho de historiador que ativamente lutou por uma país melhor nas décadas da linha dura e ao qual me passou muito de seu sonho, hoje sou socialista mas me tenho vergonha te ter perdido todos esses anos votando em uma só legenda, a da hipocrisia.
Me sinto um estúpido, por ter depositado tanto tempo de minhas idéias jovens em papos furados. Vejo que era tudo mentira, assim como hoje é comprovado desse tal PT e os tais socialistas e movimentos radicais deste Brasil que é tão pobre ou miserável em consciência e tão rico em mentiras e traições.
Acho que a grande verdade é que uma alternativa seja a Soninha, mistura de burguesia intelectual com cultura e ares jovens ou, talvez, os ricos Matarazzos? ...mas será que se sustentaria sem aqueles que produzem e geram riquezas, aqueles, os industriais, grandes comerciantes, donos de terras que pagam o salário dos Petistas?
Fica a dúvida...

André Ribeiro disse...

Debinha! Muito obrigado pelas boas vindas. Você que é Sempre do Bem.
Parabéns pelo Ressurgência Icamiaba. Sou seu fã. O blog me "forçou" a estar aqui hoje. Estou muito feliz.
A informação, esclarecimento e o conhecimento são as soluções para os problemas que estamos enfrentando e que iremos enfrentar.
Também acredito na Renovação. Eu também votei na Soninha para Prefeita de São Paulo. Creio que tenho a mesma intuição que você, (ou pelo menos parecida) em relação a ela. Fellow Pisces...
Lembro de ter visitado o blog dela, algumas vezes antes de decidir apoiá-la. Perdemos juntos mais essa.
Eu li no último dia do ano de 2008,(Kassab ainda não tinha tomado posse) uma matéria publicada na UOL por jornalistas da Folha de S. Paulo onde se afirmava que o Sr. José Serra, eleito prefeito de São Paulo em 2004, fez 161 promessas documentadas em seu programa de governo. Em 2006 o mesmo renunciou para candidatar-se a governador do Estado deixando o mandato para que o Sr. Gilberto Kassab concluísse. Após um ano e três meses de Serra e dois anos e nove meses de Kassab, 87 promessas não foram cumpridas, 54,04% do total. Só 28 (17,4%) dessas promessas foram integralmente cumpridas e as outras 46 (28,57%) parcialmente.
Deixo aqui registrado minha frustração e tristeza por mais uma eleição "perdida" e ficam aqui as seguintes perguntas:
Qual é o custo de não cumprir? Qual é a penalidade? O eleitor lembra das promessas feitas? Há um mecanismo legal que obrigue a cumprir?

Sem punições os políticos se sentem desobrigados de fazer o que prometem...

Feliz 2009. Beijos,

André