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sexta-feira, 26 de junho de 2009
A Amante dos Livros
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quinta-feira, 25 de junho de 2009
segunda-feira, 22 de junho de 2009
Ressurgência no Sebo
Estava passeando pelo site da Estante Virtual e morri de rir ao ver que Ressurgência Icamiaba já está disponível num sebo chamado Berinjela no Rio de Janeiro! O preço é R$12.50, pois está "em excelente estado de conservação" após todos esses três meses de existência!!! Fiquei pensando na trajetória fantástica que o livrinho deve ter percorrido desde o lançamento na Casa das Rosas! Como chegou até o Rio, pela Via Dutra ou Ponte Aérea? Quantos já o leram? Porque o leitor vendeu-o para um sebo? Quem será o próximo a comprar? Seria legal colocar um chip nele para ir rastreando sua vida, não? Quem quiser aproveitar a oferta, é só clicar neste anúncio
Next Door Neighbour
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quinta-feira, 18 de junho de 2009
O que é EIXADA?
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.....Eixada pode ser marca, batata, modelo, suco de fruta no palito, alado ou congelado, ali do lado leste, em algum outro norte, sem códigode barra, já que é para reformular os meios de impressão, publicando em grande escala para o Brasilzão. Assim, busca-se fortalecer a resistência das formas de se expressar artisticamente. Daí a nossa visão: descentralização do eixo - uma nova possibilidade – conexão viral entre artistas de toda a massa nacional. Processo coletivo. Um selo. Eixada.
.....Eixada é quém do mercado editorial. Disposição em fazera própria distribuição em quais quer espaços que sejam: bar, motel, mercearia, açougue, brechó, igreja, terreiro, baile, feira,f arol, mão em mão... o que vale é deixar o rastro. Nosso ideal é a ação, o indivíduo não! Desterritorialização do não-lugar. Uma pá di gente no campo das letras. Eiso que tem cá. Eixada.
.....Eixada é como se fosse um cartão de visita de um tempo, esse documentinho pretende colocar lado a lado colunas verticais que se sustentem. Enfileirar fazedores d’arte contemporâneos, nem os melhores, nem os mais aptos, mas os que responderam ao chamado do eixo. Em mil inserções diferentes, todos aqui presentestem cara e braço para segurar o bandido, espantar a onça e bradar na passeata. Eixada.
terça-feira, 16 de junho de 2009
segunda-feira, 15 de junho de 2009
Fronteira
quarta-feira, 10 de junho de 2009
terça-feira, 2 de junho de 2009
DIÁLOGO DE UM CASAL SOBRE O ELEFANTE DE ESPUMA
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.....Ele devia ter seus trinta e dez anos, mas claro que vestia-se de preto o que, junto ao boné invertido, dava-lhe ares de um artista marginal e possivelmente até radical. Ela não era mais jovem e nem por isso casada, como ele logo observou no seu dedo da mão esquerda, mas usava uma saia mais colorida do que o quadro de Beatriz Milhazes com um decote estratégico na altura dos seios que traía alguma intenção além-arte na sua presença ali. De qualquer forma, não esquecera os óculos de aros trapézicos para ler as legendas dos quadros e instalações.
.....Quando avistaram um ao outro, a sala estava vazia, exceto pelo elefante de espuma cinza em tamanho natural que o artista João Loureiro instalou ali e eu, o narrador, que sou uma mosca feita da mesma espuma e grudada no teto - sou parte da mesma instalação, mas só que ninguém viu!
.....Ela empurrou os óculos para o alto do nariz com unhas azul marinho na ponta do seu dedo indicador. Ele tomou mais seis goles de cerveja de uma vez, do jeito que eu já percebi que os alcoólatras sociais fazem quando vão a um evento de galeria em que a breja é de grátis. Ela respirou fundo. Ele virou outros seis. Os olhos dela escapuliram na direção dele, o que o fez sentir confiante e por isso ele manteve o olhar reflexivo fixo no elefante. Ela circundou o animal, admirando mais do que tudo a sua trompa. Percebendo que o “moço” não havia ainda arredado o pé dali, e interpretando isso como um sinal de interesse, ela exclamou:
- Que incrível!
Ele respondeu afirmativamente com a cabeça e um grunido assertivo,
- Hmm.
- É pura ironia!
- Também.
- Também? Total! Tipo assim, o cara conseguiu colocar a presença maciça de um elefante na sala, mas ao mesmo tempo sabemos que ele é tão leve que pode ser levantado com uma mão.
- É. – ele bebeu mais seis.
- Tipo assim, ele pôs em xeque toda a questão filosófica da massa versus o peso, como quem diz: até algo elefântico pode ter o peso de uma pluma.
- E vice-versa, né? – ele animou-se.
- Exato! Poderia ser uma formiga que pesa uma tonelada.
- É! – ele riu.
- Tipo, é a arte desafiando toda a ciência e a lógica cartesiana; questionando: porque que algo grande em forma de um elefante tem que necessariamente ser pesado?
- É imprevisível.
- É metafísico!
- Física quântica pura.
- Meu, genial esse cara!
- Genial mesmo.
.....Um breve silêncio instalou-se em meio à toda essa concordância. Ela ajeitou novamente o trapézio que escorregara nariz abaixo com o suor que foi gerado durante a intensa troca sobre o elefante. Ele bebeu mais seis e percebeu havia chegado ao fim.
- Vamos trepar? – ele perguntou.
Ela olhou para ele com admiração. Talvez tenha se surpreendido, mas muito provavelmente ela considerou genial a sua franqueza.
- Vamos.
.....Eu cai do teto e colei no elefante.
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