....Ontem participei da gravação do programa Letra Livre da TV Cultura, do qual participou o escritor Ferréz, mais eminente escritor do movimento auto denominado de Literatura Marginal, surgido no final da década de 90.
....Muitas são as polêmicas que esta categoria literária causa no mundo literário paulistano. Recentemente, na FLAP (Festival de Literatura), discutiu-se O que é literatura marginal e foi esquentada a discussão entre os que defendem que literatura marginal é escrita por aqueles que moram na periferia das grandes metrópoles (critério territorial), os que defendem um recorte temático (critério de: aqueles escrevem sobre a periferia) ou ainda os que buscam expandir o conceito de território periférico para todos os escritores do “terceiro mundo”.
....Ferréz é um cara calmo e confiante, de uma elasticidade lingüística que o faz ser cortante sem jamais elevar o tom de voz ou parecer defensivo. Só esta qualidade já lhe confere grande originalidade.
....Durante o programa, uma senhora participante da Oficina Literária do Clube Paulistano levantou a seguinte questão: “Vocês são um grupo reconhecido de escritores, publicados e quase-celebridades, porque consideram-se marginais? O que me parece hoje marginal na literatura é aquela que fala da vida da elite brasileira. Aonde já se viu um escritor da Oscar Freire adquirir projeção?” A resposta de Ferréz foi cortante, “Eu não tenho culpa que a vida de vocês é tão chata que até os seus escritores vem escrever sobre a vida na periferia.”
....Vida chata. Interessante conceito. Chato é o que é sem relevo, achatado, sem altos e baixo, plano. Será que a vida da elite brasileira é chata? Ferréz desqualificou ao focar a elite dedicada aos cachorrinhos de estimação, com obsessão por viajar para Paris e comprar colares de ouro. Verdade que isso é chato. No entanto, em que pese que talvez a Oscar Freire seja realmente o reduto das madames desocupadas da elite paulistana, é certo que seus maridos (assim como as mulheres profissionais da elite) são os dirigentes do país e isso, certamente, não é algo chato.
....Ter a tarefa diária de determinar o destino de milhares de pessoas não é uma coisa chata. Os políticos, por exemplo, num dia comum, despacham a vida de algumas centenas de pessoas. Em decidir destinar alguns milhões de reais para recapeamento de estradas ou para a contratação de mais médicos para o SUS, determina-se algumas centenas de destinos - os que morrerão em acidentes de estrada e os que morreram na fila dos hospitais. Os empresários, num dia comum, despacham a vida da classe trabalhadora - contratar mais duzentos funcionários ou comprar uma máquina que mecaniza uma parte do sistema produtivo? Definem também o preço do feijão e do arroz quando resolvem importar grãos da Argentina ou estocá-los até que o preço suba mais, determinando assim o cardápio e a saúde do povo. Até mesmo o meio ambiente está em suas mãos, quando decidem investir na geração de energia renovável ou montar uma usina de carvão que emitirá gases de efeito estufa. Os advogados, num dia comum inserem cláusulas nos contratos que determinam se os planos de saúde cobrirão casos de HIV adquiridos pelo consumo de drogas ou tratamento psiquiátrico. A cada canetada, vidas e vidas periféricas estão em jogo. Não seria isto tema interessante para a literatura brasileira?
....No entanto, há algo que soa verdadeiro nas acusações de Ferréz. De fato, a vida da elite brasileira aparenta ser menos intensa, sexual e musical do que a dos periféricos. Vemos os executivos de terno-azul marinho da Av. Paulista sempre estressado e sem tempo. Os mesmos que contratam prostitutas plastificadas no Café Photo para aliviar a tensão. Vemos o tédio dos restaurantes de luxo, contrastados à alegria do samba nos botecos. Será que algo mais ocorre na esfera privada, dentro dos muros dos palacetes e das empresas? Nas ruas, ao menos, o que se vê é uma vida de pouco apelo estético, apesar do esforço das grandes marcas para rejuvenecer a imagem os produtos de marcas como Louis Vitton, Tiffany e Burberry’s que, verdade seja dita, são absolutamente tradicionais e acessíveis somente para pessoas bem diferentes da imagem das modelos que estampam seus anúncios coloridos.
....O que é certo que a arte jovem brasileira (para não dizer de “vanguarda”) se abstêm de representar a sua elite. Enquanto Sex & The City é um dos seriados de maior sucesso da história da TV americana (e a política e a realidade das grandes empresas recorre como tema no cinema americano), a literatura e o cinema brasileiros, produzidos pela periferia ou pela elite, focam a vida periferia. Teria Machado de Assis esgotado o seu tema? Nada novo desde então? Teriam as novelas globais saturado a representação deste público? Algo a se pensar. Profundamente.
....Muitas são as polêmicas que esta categoria literária causa no mundo literário paulistano. Recentemente, na FLAP (Festival de Literatura), discutiu-se O que é literatura marginal e foi esquentada a discussão entre os que defendem que literatura marginal é escrita por aqueles que moram na periferia das grandes metrópoles (critério territorial), os que defendem um recorte temático (critério de: aqueles escrevem sobre a periferia) ou ainda os que buscam expandir o conceito de território periférico para todos os escritores do “terceiro mundo”.
....Ferréz é um cara calmo e confiante, de uma elasticidade lingüística que o faz ser cortante sem jamais elevar o tom de voz ou parecer defensivo. Só esta qualidade já lhe confere grande originalidade.
....Durante o programa, uma senhora participante da Oficina Literária do Clube Paulistano levantou a seguinte questão: “Vocês são um grupo reconhecido de escritores, publicados e quase-celebridades, porque consideram-se marginais? O que me parece hoje marginal na literatura é aquela que fala da vida da elite brasileira. Aonde já se viu um escritor da Oscar Freire adquirir projeção?” A resposta de Ferréz foi cortante, “Eu não tenho culpa que a vida de vocês é tão chata que até os seus escritores vem escrever sobre a vida na periferia.”
....Vida chata. Interessante conceito. Chato é o que é sem relevo, achatado, sem altos e baixo, plano. Será que a vida da elite brasileira é chata? Ferréz desqualificou ao focar a elite dedicada aos cachorrinhos de estimação, com obsessão por viajar para Paris e comprar colares de ouro. Verdade que isso é chato. No entanto, em que pese que talvez a Oscar Freire seja realmente o reduto das madames desocupadas da elite paulistana, é certo que seus maridos (assim como as mulheres profissionais da elite) são os dirigentes do país e isso, certamente, não é algo chato.
....Ter a tarefa diária de determinar o destino de milhares de pessoas não é uma coisa chata. Os políticos, por exemplo, num dia comum, despacham a vida de algumas centenas de pessoas. Em decidir destinar alguns milhões de reais para recapeamento de estradas ou para a contratação de mais médicos para o SUS, determina-se algumas centenas de destinos - os que morrerão em acidentes de estrada e os que morreram na fila dos hospitais. Os empresários, num dia comum, despacham a vida da classe trabalhadora - contratar mais duzentos funcionários ou comprar uma máquina que mecaniza uma parte do sistema produtivo? Definem também o preço do feijão e do arroz quando resolvem importar grãos da Argentina ou estocá-los até que o preço suba mais, determinando assim o cardápio e a saúde do povo. Até mesmo o meio ambiente está em suas mãos, quando decidem investir na geração de energia renovável ou montar uma usina de carvão que emitirá gases de efeito estufa. Os advogados, num dia comum inserem cláusulas nos contratos que determinam se os planos de saúde cobrirão casos de HIV adquiridos pelo consumo de drogas ou tratamento psiquiátrico. A cada canetada, vidas e vidas periféricas estão em jogo. Não seria isto tema interessante para a literatura brasileira?
....No entanto, há algo que soa verdadeiro nas acusações de Ferréz. De fato, a vida da elite brasileira aparenta ser menos intensa, sexual e musical do que a dos periféricos. Vemos os executivos de terno-azul marinho da Av. Paulista sempre estressado e sem tempo. Os mesmos que contratam prostitutas plastificadas no Café Photo para aliviar a tensão. Vemos o tédio dos restaurantes de luxo, contrastados à alegria do samba nos botecos. Será que algo mais ocorre na esfera privada, dentro dos muros dos palacetes e das empresas? Nas ruas, ao menos, o que se vê é uma vida de pouco apelo estético, apesar do esforço das grandes marcas para rejuvenecer a imagem os produtos de marcas como Louis Vitton, Tiffany e Burberry’s que, verdade seja dita, são absolutamente tradicionais e acessíveis somente para pessoas bem diferentes da imagem das modelos que estampam seus anúncios coloridos.
....O que é certo que a arte jovem brasileira (para não dizer de “vanguarda”) se abstêm de representar a sua elite. Enquanto Sex & The City é um dos seriados de maior sucesso da história da TV americana (e a política e a realidade das grandes empresas recorre como tema no cinema americano), a literatura e o cinema brasileiros, produzidos pela periferia ou pela elite, focam a vida periferia. Teria Machado de Assis esgotado o seu tema? Nada novo desde então? Teriam as novelas globais saturado a representação deste público? Algo a se pensar. Profundamente.
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O programa Letra Livre vai ao ar em Outubro, vale conferir.
5 comentários:
Nossa! Vc. é tão perceptiva! Assim Genet no Balcão explora a metateatralidade de nossa sociedade e a fragilidade das identidades-papéis-ilusões de classe media na Casa de Madame Irma. Como a Conversa na Catedral de Vargas Llosa onde a desilusão do jornalista reflete a visão de classe média do país quando descbra que o ex-chofer, o negro Ambrosio pela força de sua masculinidade era o amante de seu pai. Estranha que a crítica a mais interessante é dum verdadeiro ingles – Lawrence – “A Serpente Emplumada” - tradução pessima -
- Those more white-skin Mexicans of the Capital city, they were there politicians, artists, professionals, and business people and they had no interest for her, with their fashion-trousers and weak, soft sensuality. Mexico meant to her those silent, stiff- backed men along the country roads and the aloe, with its gigantic rosette of erect pointed leaves, cultivated for the making of that evil-smelling drink, they call pulque. Out of the Mexican soil a bunch of black-tarnished swords bursts up and a great unfolded bud of the flowering monster begins to thrust at the sky. From the great phallus comes potent fire, juice like porra for the pulque. Agua miel! Pulque!
- These handsome natives! Was it because they were death- worshippers, Moloch-worshippers, that they were so erect and handsome? They knew death and they admited nothingness, so they kept their selves so erect, so without care. White men had a soul, and lost it. The fire had been quenched in them, and their lives had started to spin backward against the current of the power of the sun. That no-energy look you see in the eyes of so many white people, the look of nullity and helpless their lives going not in the direction they wanted them to go. Not pulled by the power of the Sun. And all the efforts of the white men has resulted in nothing but the collapse of the white man. Against the dark flood of the Indian the white man collapses; his God has no energy and he collapses. The white man lost their souls and their bodies became limp”.
É profecia ou já realidade?
Merisca
No Trânsito
É interessante que o poder sexual dos homens e os rituais da antropologia era uma quase-obsessão para todos os escritores brancos dessa época
O escritor Robert Graves (o bem famoso “Eu, Claudius, Imperador” e “A Deusa Branca”) tbm. era autor de “O Grito”. o tema é a falha da famosa “sofisticação” de brancos da classe media, confrontados pela mágica e pelos rituais primitivos. Richard é um compositor da música clássica vanguardista. Rachael é sua esposa Linda. Sua união é fundada nas ligações intelectuais porque são superiores às “paixões primitivas”. São muito “branco”. São muito polidos. Não gastarão o dinheiro. Lêem livros e não dançam.
Um desconhecido entra em sua casa. São demasiado demasiado cortês pedir que saa. É um xaman. Rachel é obcecada cada vez mais com ele. No comensal, declara:
-At 10 o’clock I will sleep with Rachel.
O marido branco é chocado e está muito receoso:
But Rachel answered, ‘Of course’. Then she turned viciously to Richard. “And you, run away, little man, she said and slapped him with all her strength.
Na película clássica, emfatizam mais a impotência sexual do corno branco. O desconhecido aparece a Rachel em seus sonhos. Ela não está na casa, mas quando ele cheira a roupa interior dela, sente-o fazer este em todo seu corpo - é chocante mas excita-a.
É afogada pelo poder de sua masculinidade até que esteja nada mais que uma cadela para ele.
Richard é o ‘homem civilizado’. Porque é amedrontado, decide respeitá-la desejos. Despreza-o. É uma minhoca:
- She hated him for being a sham.
O paradoxo/ é que os escritores brancos são capazes perceber este - a prova/ é que apesar de ter razão os branquinhos são tão impotentes no mundo físico. E larence e Graves Eram ambos muito fracos - não Podem fazer nada.
Menos intelectualito!
Sin hacer-me demasiado “dumb” seguramente estes perjuícios existeran porque en esta epoca todos los blancos tiveron une enseñanza muy “clasica” y el origén de las ideas de Lawrence-Graves tienen origen en los mitos de la guerra de Troia y el amor de Helena y Paris el guapo contra el cabrón Menelaus. Los Troianos le consideraban como turcos, o “el otro” - o negros, musulmanes, etc. (como hizo el Shakespeare en Otello). Como se dice el narrador de “El Grito” su historia es una historia muy, muy priomordial.
Mas – en la obra do todos los ingleses hay siempre algo feo en este tipo de amor – la pintura“Marriage à la Mode” de Hogarth, por ejemplo, pero se puede ver hoy en dia que también hay algo hermoso en esta situacion de dos amantes como Helena y Paris – un eslabón existencial – como el famoso “Ditto” de Demi Moore en “Ghosts”. Es posible – seguramente - que hay un continuo infinito con toda las formas de amor – se incluyen las cosas “pervertidas” (en el aviso de sociedad burguesa) y el amor/pasión lo más universal y romantico. Tal vez, es menos romantico que el poema de cummings vd. ha postada encima (el momento en “Hannah y sus hermanas” cuando Lee lee este poema tiene que ser el momentito lo más romantico en el cine mundial) – pero la canción “She will be loved” del conjunto Maroon 5 que acompaña el amor de Helena y Paris en un clip de youtube – es muy hermosa. Quizás, al fin y el cabo, no es una cosa de blanco o negro – o la gente contre la burguesía, pero la realidad que hay en todas las socidedades los dotadoes, los profetos con su proprío fuego existencial – o blanco, o negro – y los ingleses – sí débiles, sí impotentes, del “Albion perfidio” todavía nos han dado una literatura fenomenal en el siglo vigésimo y en la musica contemporanea de hoy....
She Will Be Loved
Beauty queen of only eighteen
She had some trouble with herself
He was always there to help her
She always belonged to someone else
I drove for miles and miles
And wound up at your door
I've had you so many times but somehow
I want more
I don't mind spending everyday
Out on your corner in the pouring rain
Look for the girl with the broken smile
Ask her if she wants to stay awhile
And she will be loved
She will be loved
Tap on my window knock on my door
I want to make you feel beautiful
I know I tend to get so insecure
It doesn't matter anymore
It's not always rainbows and butterflies
It's compromise that moves us along,
My heart is full and my door's always open
You can come anytime you want
I know where you hide
Alone in your car
Know all of the things that make you who you are
I know that goodbye means nothing at all
Comes back and begs me to catch her every time she falls
Tap on my window knock on my door
I want to make you feel beautiful
I don't mind spending everyday
Out on your corner in the pouring rain
Look for the girl with the broken smile
Ask her if she wants to stay awhile
And she will be loved
Please don't try so hard to say goodbye
I don't mind spending everyday
Out on your corner in the pouring rain
Don’t try so hard to say goodbye
El amor - no importa cómo extraño - es el último rescate de la humanidad
Usain Bolt - Que homem - un fenomeno tão poderoso! ... De classe média?... Branquinho?...
Não.
Em uma outra parte de seu blog há umas referências às ‘mulheres fatais’ como Rachel. [Pomba-Gira/Lilith, etc. É verdadeiro que todos têm sua paralela na mitologia grega em Helena o Medéia. Medéia é capaz de lutar e perseguir a sua vingança com seu saber mágico como um herói homérico - como Rachel aquí ou Gudrun Brangwen em Mulheres Apaixonadas de Lawrence. Mesmo no jogo Medéia há uma grande tristeza porque sua raiva é justificada no entanto a destruiu-a e conduziu ao calvário após o calvário para Jasão. o herói. Macunaíma ou Hamlet tbm. - todos os heróis têm que sofrer para seus erros no amor ou suas responsabilidades forçam-nos para cometer estes erros no primeiro lugar. Em Hamlet o herói é vil a seu amor Ofélia porque sente que deve completamente destruir sua fé nele. Somente vê e sente que é vil. O acidente do nascimento mantem-nos separados. Chama-a uma puta e trata-a como uma puta de modo que sinta que nunca a amou. Somente quando é o momento adequado é ele preparou-se para actuar, mas tem-se matado entretanto. É toda a parte de seu calvário. Como um tolo, espera que é telepática e compreenderá que este está sendo feito para a ajudar - esse é um jogo onde cada pessoa deva jogar o papel de seu destino. Como Medéia ou Lilith usa o crivo como um formulário do calvário. O problema com emfeitiçar alguém é que o encantamento está feito mais forte quando as palavras ou as ações igualmente significam seu oposto. É vil e o mal e eu destrui-lo-emos e fazer-lhe chantagem e matá-lo podem igualmente ser interpretadas como o significado - Eu te amo. Faz o calvário muito duro para o herói e para a vítima. É uma surpresa que as tragédias ocorrem? Procura despertar a escuridão dentro dela porque sente que se reconhece esta crescerá ser humano mais completo. Na realidade, ama sua inocência e está usando a idéia da prostituição como uma metáfora. A tragédia é que se todos as heróis e heroínas não tiveram tais vistas morais fortes não estariam tão irritados quando confrontaram seus próprios desejos imorais. [As pessoasos sem algum código moral têm uma vida muito mais fácil!] Hamlet sente tal repugnanção para si mesmo que se fará deliberadamente tão vil como possível expressar a dor sente em sua vida. Não pode perdoar-se para coisas que permitiu para acontecer. Mesmo que na realidade nada aconteça em sua imaginação que sente a culpa terrível e concede seus desejos mais escuros e este fere-a. São este melhor ou mais mau do que para imitar o rei Arthur e para tolerar ser chifrudo?
Dentro da tradição literária inglesa, a analogia óbvia não é aquela de Helen e de Paris mas aquela de Lancelot e de Guinevere e os cavaleiros da mesa redonda. Isto é muito mais complexo porque Arthur é mais idoso e menos virile e ao mesmo tempo Lancelot e Guinevere são novos, impetuosos e obstinados. Entretanto, Arthur ama Guinevere muito. Este é seu calvário porque na moralidade desta época para ser chifrudo era ter cometido um pecado terrível e Guinevere e Lancelot já estavam irremediavelmente apaixonados. O que é fenomenal por o tempo é que nem Arthur, Lancelot nem Guinevere estão considerados puramente mau. E lawrence e Graves escrevem nesta tradição inglesa. Morgana le Fay apenas como Lady Macbeth é uma vítima. É seduzida por sua raiva na consideração uma mulher má porque tomou amantes e expor a hipocrisia da sociedade com seus gritos (como Yoko Ono ou Diamanda Galás hoje - Nessa época não têm uma Catwoman ou uma Emma Peel de Os Vingadores!). É um defensor do paganismo de encontro à opressão das mulheres na igreja cristã. Sua tristeza eterno deve ser exilado - como Pedro - do mundo das possibilidades. Nesta situação sua grande faculdade criadora torna-se destrutiva como com Lilith e sua tragédia é que seu shyness interno faz impossível para que construa as sortes das pontes que a conduziriam ao amor, à felicidade e à realização pessoais, daqui seu papel - como o papel de Carmem.
O impacto deste legado dentro da cultura inglesa conduz a uma atitude muito simpática aos desejos poderosos das mulheres, uma atitude que compreenda o poder magnético da virilidade masculino e a beleza da masculinidade jovem e à piedade e à zombaria e o desprezo para o homem idoso for chifrudo - mas ao mesmo tempo um respeito para seu papel como um líder.
Há um sentido poderoso do tempo e da inevitabilidade - os os garanhões jovens substituem os aposentados como os cervos substituirám os velhos dentro do reino animal. Os atores humanos são vistos como as vítimas do tempo e da circunstância tanto quanto qualquer outra coisa.
Talvez é o mesmo com sociedades e classes sociais. Aqueles que são dinâmicos em uma época são menos vigorosos em outro. Lawrence e Graves escrevem sobre este escrevem sobre este com relação ao intelectual inglês branquinho. É o mesmo agora entre o ‘primeiro mundo’/‘o terceiro mundo’, a classe média/os pobres nas favelas. É isto a explanação para o voyeurismo da classe média e de sua obsessão com a vida crua, real dos pobres - o fato de que é aqui que os heróis e os amantes novos emergerão? Na música, se em Brasil com Racionais MC ou os EUA com a cultura de hip-hop, há o mesmo fascínio com a vida dos negros nas favelas. Isto revela o grande anseio contemporâneo em todas as sociedades para raizes e a autenticidade em um mundo onde tão muito a sensação de desarraigo.
Nesta situação, a pergunta para artistas creativos das famílias privilegiadas é como combinar sua sofisticação intelectual inevitável com a autenticidade emocional da vida ‘louka’ sem uma adoração dos vícios nas favelas, onde as drogas e a violência dos gangues podem condenar uma geração de homens negros novos a mais marginalização. (Além, para ser menos intelectual, há um único perua do Paulistana que quando vê um destes garanhões não tem um sonho (apenas um momento!) do que seria como fazer o amor com ele. A comparação nunca favorece seu marido branquinho!!!)
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