Blog de literatura e eventos transbrasileiros de Deborah Kietzmann Goldemberg
terça-feira, 26 de agosto de 2008
Rito de Passagem, 1992
Um comentário:
Anônimo
disse...
Nem mesmo as chuvas
nalgum lugar em que eu nunca estive,alegremente além de qualquer experiência,teus olhos têm o seu silêncio: no teu gesto mais frágil há coisas que me encerram, ou que eu não ouso tocar porque estão demasiado perto
teu mais ligeiro olhar facilmente me descerra embora eu tenha me fechado como dedos,nalgum lugar me abres sempre pétala por pétala como a Primavera abre (tocando sutilmente, misteriosamente)a sua primeira rosa
ou se quiseres me ver fechado,eu e minha vida nos fecharemos belamente,de repente, assim como o coração desta flor imagina a neve cuidadosamente descendo em toda a parte;
nada que eu possa perceber neste universo iguala o poder de tua imensa fragilidade:cuja textura compele-me com a cor de seus continentes, restituindo a morte e o sempre cada vez que respira
(não sei dizer o que há em ti que fecha e abre;só uma parte de mim compreende que a voz dos teus olhos é mais profunda que todas as rosas) ninguém, nem mesmo a chuva,tem mãos tão pequenas
Um comentário:
Nem mesmo as chuvas
nalgum lugar em que eu nunca estive,alegremente além
de qualquer experiência,teus olhos têm o seu silêncio:
no teu gesto mais frágil há coisas que me encerram,
ou que eu não ouso tocar porque estão demasiado perto
teu mais ligeiro olhar facilmente me descerra
embora eu tenha me fechado como dedos,nalgum lugar
me abres sempre pétala por pétala como a Primavera abre
(tocando sutilmente, misteriosamente)a sua primeira rosa
ou se quiseres me ver fechado,eu e
minha vida nos fecharemos belamente,de repente,
assim como o coração desta flor imagina
a neve cuidadosamente descendo em toda a parte;
nada que eu possa perceber neste universo iguala
o poder de tua imensa fragilidade:cuja textura
compele-me com a cor de seus continentes,
restituindo a morte e o sempre cada vez que respira
(não sei dizer o que há em ti que fecha
e abre;só uma parte de mim compreende que a
voz dos teus olhos é mais profunda que todas as rosas)
ninguém, nem mesmo a chuva,tem mãos tão pequenas
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