.....Encontrei um artigo muito legal do antropólogo francês Bernard Hors, cuja teoria central é que existe no mundo um “mercado de ajuda internacional”, que é a parte visível de um iceberg submerso de intenções e estratégias não tão transparentes, onde os países ricos à frente do processo de globalização conseguem gerenciar crises e instaurar uma moral controladora (ou colonizadora) nos países em desenvolvimento. Ele questiona: Como salvaguardar as diferenças, as “alteridades” dignamente, num mundo que se quer cada vez mais homogêneo?
.....Achei interessante a distinção que ele faz entre os "humanitários" e os "altermundistas", dizendo que ambos têm como objetivo de moralizar a globalização, mas usando meios diferentes. Os “altermundistas” têm uma visão mais politizada, os humanitários são mais impulsionados pela moral e pela emoção, dizendo-se “post-políticos”.
.....Me fez pensar que os "humanitários", pessoas imbuídas de boa vontade e movidas pela emoção, são particularmente problemáticas para sociedade porque creio eu que as intenções e estratégias que os guiam não são claras nem mesmo para eles! Sabe como é? Quantas pessoas conhecemos atuando em diversas ONGs, recolhendo doações para projeto x e y, particularmente nesta época do ano, mas que nem param para pensar estruturalmente no porque desta sua ação ser necessária e o impacto que ela vai ter.
.....Entre ser "humanitário" ou "altermundista" acho devemos todos aspirarmos a sermos altermundistas que, se compreendi corretamente, além de ser alguém que é defensor da "alteridade" (as diferenças) é ser um agente que é consciente de intenções políticas de suas ações e transparente ao explicitá-las para a sociedade. Isso, claro, implica o cuidado de não estar sendo um "humanitário" ingênuo.
.....Portanto, convido a todos a se questionar: a) Quais interesses políticos represento hoje? e b) Eu exerternalizo isso claramente para a sociedade? Boa reflexão!
.....Achei interessante a distinção que ele faz entre os "humanitários" e os "altermundistas", dizendo que ambos têm como objetivo de moralizar a globalização, mas usando meios diferentes. Os “altermundistas” têm uma visão mais politizada, os humanitários são mais impulsionados pela moral e pela emoção, dizendo-se “post-políticos”.
.....Me fez pensar que os "humanitários", pessoas imbuídas de boa vontade e movidas pela emoção, são particularmente problemáticas para sociedade porque creio eu que as intenções e estratégias que os guiam não são claras nem mesmo para eles! Sabe como é? Quantas pessoas conhecemos atuando em diversas ONGs, recolhendo doações para projeto x e y, particularmente nesta época do ano, mas que nem param para pensar estruturalmente no porque desta sua ação ser necessária e o impacto que ela vai ter.
.....Entre ser "humanitário" ou "altermundista" acho devemos todos aspirarmos a sermos altermundistas que, se compreendi corretamente, além de ser alguém que é defensor da "alteridade" (as diferenças) é ser um agente que é consciente de intenções políticas de suas ações e transparente ao explicitá-las para a sociedade. Isso, claro, implica o cuidado de não estar sendo um "humanitário" ingênuo.
.....Portanto, convido a todos a se questionar: a) Quais interesses políticos represento hoje? e b) Eu exerternalizo isso claramente para a sociedade? Boa reflexão!
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