O ensaio recente sobre O Pernambuco de Gilberto Freyre, do fotógrafo Izan Petterle, para a revistaNational Geographic, vai contar com uma exposição em Paraty, durante a FLIP, na Galeria Navegares. Todos os detalhes sobre a matéria e a exposição estão neste LINK. Eu estarei lá, a partir do dia 5 de Agosto!!! Foto de: Izan Petterle.
sexta-feira, 30 de julho de 2010
quinta-feira, 29 de julho de 2010
Eu e Rachel de Queiroz em Manaus
A Quarta Literária, um evento mensal organizado pela LIVRARIA VALER (Manaus-AM), neste mês de Agosto recebe a escritora Deborah Goldemberg para a palestra: Literatura e Política - A Recepção da Obra de Rachel de Queiroz, comemorando o centenário do nascimento de Rachel de Queiroz. Maiores informações, clique neste LINK.
quarta-feira, 28 de julho de 2010
Crônica: Sair ou Não Sair?
.....Todo lobo adora caçar, mas não vive sem toca. Eu também sou assim. Passo por períodos caseiros, durante os quais nem me lembro de que algum dia sai na noite e nem sonho em repetir isso no futuro. De repente, aparece a "balada" e lá estou eu me divertindo. Ontem foi assim, depois do curso que estou fazendo e o livro que estou lendo. Olha que eu ia só dar uma passadinha para encontrar meu marido num evento de livraria e irmos juntos para casa.
.....Chegando lá, o evento em si eu não consegui nem ver. Ficamos na "boca do auditório" conversando com outras pessoas que também não conseguiram entrar no recinto, devido à lotação, e lá mesmo rolou a "balada" (termo que uso de forma genérica, para dizer de badalações ou momentos de diversão que valem a pena).
.....De cara, encontramos o Izan Petterle, amigo fotógrafo. Dentro de alguns minutos falávamos sobre o tempo do artista, que se deve medir em décadas ao invés de anos. Ele me dizia que não tinha pressa, que respeitava o ritmo dele, afinal, tinha todo o tempo do mundo. Eu, que sempre fui ansiosa em relação a isso, disse a ele, "Como você pode ter tanta certeza? A vida é efêmera e amanhã qualquer um de nós pode não mais ser..." Ele me deu uma bela resposta. Disse que, no budismo (doutrina que ele acompanha), o medo da morte resulta em medo da vida. "A vida é eterna" ele eccou. Não devemos olhá-la como uma estrada que terminará abruptamente, mas como uma que em algum momento bifurcará para a esquerda ou a direita, continuando de outra maneira. Essa noção pode nos dar a paz para viver sem medo e, portanto, plenamente.
.....Bom, só isso já me valeu o dia e a noite, provavelmente vários dias e noites aconchegantes em casa assistindo TV e comendo pipoca.
.....Além dele, haviam dois rapazes que trabalham em empresas de telefonia, mas sonham em viver de arte, como fotógrafos. Eles estão naquele ponto "panela de pressão", não mais tolerando os ternos que os amarram e a perspectiva de mais um dia na rotina do trabalho. Me lembrei que já passei por isso, faz três anos. Eles idealizam a vida de artista, isso é certo. Não imaginam os "perrengues" e "micos" pelos quais passamos, que às vezes nos dão até saudades de um dia ter tido um cartão de visitas e uma entrada regular de combustível financeiro. Eu pensei em alertá-los sobre isso, sem desencorajá-los. Antes disso, um deles, que estava com mais garra do que eu, me deu a segunda valiosa lição da noite: "Você pode passar pelo que for, mas na hora em que alguém ler o seu livro, que seja uma única pessoa, e lhe disser que a sua história o tocou, você sentirá que vale a pena." É verdade. Na hora em que ele disse isso, me veio a sensação eufórica que eu tive ao ler D.H. Lawrence e Aldous Huxley, na adolescência, que me instigou a paixão pela literatura. São as coisas que fazem a vida, curta ou longa, valer a pena. Como fotógrafo, este rapaz sonha seu filho um dia ver uma foto dele e achar "Do caralho, pai!" Ele sabe que enquanto ele trabalhar num call center isso nunca vai acontecer.
.....É isso, artistas de todas as sortes! Façam as suas apostas: Sair ou não sair de casa? Sair ou não de um trabalho bem remunerado?
.....Chegando lá, o evento em si eu não consegui nem ver. Ficamos na "boca do auditório" conversando com outras pessoas que também não conseguiram entrar no recinto, devido à lotação, e lá mesmo rolou a "balada" (termo que uso de forma genérica, para dizer de badalações ou momentos de diversão que valem a pena).
.....De cara, encontramos o Izan Petterle, amigo fotógrafo. Dentro de alguns minutos falávamos sobre o tempo do artista, que se deve medir em décadas ao invés de anos. Ele me dizia que não tinha pressa, que respeitava o ritmo dele, afinal, tinha todo o tempo do mundo. Eu, que sempre fui ansiosa em relação a isso, disse a ele, "Como você pode ter tanta certeza? A vida é efêmera e amanhã qualquer um de nós pode não mais ser..." Ele me deu uma bela resposta. Disse que, no budismo (doutrina que ele acompanha), o medo da morte resulta em medo da vida. "A vida é eterna" ele eccou. Não devemos olhá-la como uma estrada que terminará abruptamente, mas como uma que em algum momento bifurcará para a esquerda ou a direita, continuando de outra maneira. Essa noção pode nos dar a paz para viver sem medo e, portanto, plenamente.
.....Bom, só isso já me valeu o dia e a noite, provavelmente vários dias e noites aconchegantes em casa assistindo TV e comendo pipoca.
.....Além dele, haviam dois rapazes que trabalham em empresas de telefonia, mas sonham em viver de arte, como fotógrafos. Eles estão naquele ponto "panela de pressão", não mais tolerando os ternos que os amarram e a perspectiva de mais um dia na rotina do trabalho. Me lembrei que já passei por isso, faz três anos. Eles idealizam a vida de artista, isso é certo. Não imaginam os "perrengues" e "micos" pelos quais passamos, que às vezes nos dão até saudades de um dia ter tido um cartão de visitas e uma entrada regular de combustível financeiro. Eu pensei em alertá-los sobre isso, sem desencorajá-los. Antes disso, um deles, que estava com mais garra do que eu, me deu a segunda valiosa lição da noite: "Você pode passar pelo que for, mas na hora em que alguém ler o seu livro, que seja uma única pessoa, e lhe disser que a sua história o tocou, você sentirá que vale a pena." É verdade. Na hora em que ele disse isso, me veio a sensação eufórica que eu tive ao ler D.H. Lawrence e Aldous Huxley, na adolescência, que me instigou a paixão pela literatura. São as coisas que fazem a vida, curta ou longa, valer a pena. Como fotógrafo, este rapaz sonha seu filho um dia ver uma foto dele e achar "Do caralho, pai!" Ele sabe que enquanto ele trabalhar num call center isso nunca vai acontecer.
segunda-feira, 26 de julho de 2010
Sarau da Casa
Foi um encontro muito bonito o meu com o poeta Michel Sleiman no Sarau da Casa das Rosas, que aconteceu dia 17 de Julho de 2010. Nesta hora (da foto), o Fred Barbosa tinha chamado a atenção para o fato de que éramos escritores de origens árabe e judaica. Michel teve a iniciativa de me dar a mão. Em homenagem a ele, deixo aqui o poema dele que eu li naquela noite:
.HOMEM
.
homen chalaça
jaleco bigode em riste
triste
mas os olhos, olhos de falcão impetrando
resistências
.
homen caboclo
risonho por sobre o pescoço e
debaixo dele mil vedetes se esparramam
catando dobras até as botas
.
homen recolhido
terno
estopim de olhares feito farina assoprada
que a narina farfalha
.
deem un naco deste homem
temos fome
sábado, 17 de julho de 2010
Programa Flores e Letras
Participei ontem do programa de TV: Flores e Letras, com apresentação da poeta Raquel Naveira. O tema desta semana foi Sereias e lá falamos disso e muitos outras coisas. Para conferir, clique no seguinte link do Canal Digital UPTV http://uptv.com.br/programas.php?video=1338
segunda-feira, 5 de julho de 2010
Convite Icamiaba
Estou muito contente de participar do Sarau da Casa de Julho, que rola todo mês na Casa das Rosas trazendo um escritor/poeta iniciante e outro mais bem estabelecido. Minha participação será ao lado de Michel Sleiman, que é poeta e professor de literatura na área de estudos árabes. Estão todos convidados!
(Foto do convite: Fernando Dourado, da Revista Ounão)
Assinar:
Postagens (Atom)